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BitGo defende a transparência e a segurança do Wrapped Bitcoin contra as críticas

Durante a Korea Blockchain Week 2024, o CEO da BitGo, Mike Belshe, defendeu a transparência e a segurança do Wrapped Bitcoin (wBTC) em resposta às críticas sobre a recente parceria com a BiT Global, reiterando a importância da honestidade intelectual no debate.

Vamos ver abaixo todos os detalhes. 

As críticas feitas à BitGo e à segurança do Wrapped Bitcoin

No mundo sempre em evolução das criptomoedas, a confiança e a transparência são valores fundamentais para as plataformas que gerenciam ativos digitais de elevado valor. 

Recentemente, a decisão da BitGo de colaborar com BiT Global, um depositário de criptomoedas com sede em Hong Kong e parcialmente de propriedade de Justin Sun, fundador da Tron, levantou uma onda de críticas dentro da comunidade crypto.

Muitos se perguntaram se essa medida poderia comprometer a descentralização e a segurança do Wrapped Bitcoin (wBTC), um ativo digital que desempenha um papel crucial no ecossistema das criptomoedas.

Em uma entrevista durante a Korea Blockchain Week 2024, o CEO da BitGo, Mike Belshe, enfrentou essas críticas com firmeza, argumentando que muitas delas são desprovidas de honestidade intelectual. 

Belshe destacou que alguns críticos estão utilizando esses argumentos por motivos egoístas em vez de por genuína preocupação com o ecossistema.

Isso embora as preocupações sobre a centralização e a segurança sejam sempre válidas no contexto das criptovalute. 

Um dos principais críticos do acordo entre BitGo e BiT Global é Threshold, um grupo que propôs fundir o seu próprio wrapper BTC, tBTC, com Wrapped Bitcoin (wBTC). 

De acordo com Belshe, o objetivo real do Threshold é aumentar o valor do seu próprio token, em vez de contribuir para um debate construtivo sobre a segurança e a descentralização do wBTC. 

“Sejamos honestos: criticar nossos esforços para descentralizar Wrapped Bitcoin apenas para aumentar o valor do seu token é ridículo.”

As críticas não pararam por aí. Coinbase, um dos maiores exchange de criptomoedas do mundo, recentemente introduziu um próprio concorrente de wrapped bitcoin chamado cbBTC, baseado na blockchain de Base. 

Belshe expressou a sua preocupação em relação a esta medida, afirmando que poderia minar os princípios fundamentais das finanças descentralizadas (DeFi). 

Se a comunidade DeFi tivesse que escolher a Coinbase como administrador final do cbBTC, segundo Belshe, “todas as esperanças da DeFi deveriam ser perdidas.”

A parceria com BiT Global e a expansão na Ásia: descentralização no centro

A decisão da BitGo de colaborar com a BiT Global não foi tomada de ânimo leve. Belshe explicou que o acordo foi projetado para reduzir os riscos relacionados aos pontos únicos de falha e para expandir a presença da BitGo na Ásia, um mercado em rápido crescimento para as criptomoedas. 

“Utilizamos câmaras frigoríficas profundas, separando as chaves entre várias pessoas. E agora estamos dando um passo adiante, separando-as entre várias instituições.”

O aspecto mais controverso desta parceria é a presença de Justin Sun, uma figura bem conhecida no mundo das criptomoedas, mas frequentemente considerada uma figura divisiva. 

Belshe reconheceu que Sun é um “personaggio pittoresco,” mas reiterou a importância da transparência. 

“A maioria das empresas nem sequer mencionaria o seu nome, mas nós o fizemos. Por quê? Porque a transparência é importante.”

A escolha de ser completamente abertos em relação à parceria com BiT Global foi feita para permitir à comunidade avaliar, examinar e propor alternativas. Garantindo assim um nível mais alto de confiança.

A estrutura legal de BiT Global 

Um dos pontos centrais da defesa de Belshe é a estrutura legal da BiT Global. Registrada como Trust ou Company Service Provider (TCSP) autorizada em Hong Kong, a BiT Global está sujeita a rígidas regulamentações. Além disso, tem um dever fiduciário semelhante ao da BitGo.

Isso significa que a BiT Global é legalmente obrigada a garantir a segurança do Bitcoin em sua custódia, assim como a BitGo.

“Hoje somos um fiduciário e é nosso dever garantir que os bens sejam protegidos, independentemente de onde estão armazenados.”

Esta afirmação visa tranquilizar os detentores de wBTC e a comunidade crypto em geral sobre o fato de que a segurança dos seus ativos é a prioridade absoluta. Isso independentemente da nova parceria.

Apesar das preocupações e críticas iniciais, a medida da BitGo parece ter dado frutos. Os dados on-chain indicam que não houve um êxodo significativo de wBTC através de burn, sinal de que a confiança no sistema permanece alta. 

Belshe destacou que essa reação da comunidade é a prova de que a transparência e a comunicação aberta são essenciais para manter a confiança em um ambiente descentralizado.

“Não se trata de escolher Justin Sun ou outra figura controversa. Trata-se de quem é um custodiante qualificado que pode receber e proteger esses bens.”

A decisão de colaborar com a BiT Global foi guiada pela necessidade de reforçar a segurança e a descentralização do Wrapped Bitcoin. Mantendo sempre a transparência no centro de cada operação.

Em conclusão, enquanto o debate sobre a centralização e a segurança continuará inevitavelmente, a BitGo deixou claro que o seu compromisso com a descentralização e a transparência permanece sólido. 

A parceria com a BiT Global representa um passo importante no crescimento e na evolução do Wrapped Bitcoin. Com o objetivo final de criar um ecossistema mais seguro, resiliente e descentralizado para todos os usuários.

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