O Regno Unido se propõe como epicentro global da inteligência artificial (IA), com o secretário de tecnologia Peter Kyle em missão nos Estados Unidos para atrair investimentos e promover novas parcerias entre governos e empresas tecnológicas líderes do setor.
Summary
As “zonas de crescimento da IA” como motor da inovação do Reino Unido e atratividade para os investidores
O governo britânico está acelerando seus esforços para transformar o Reino Unido em um centro global para a inteligência artificial, com o secretário de tecnologia Peter Kyle em visita aos Estados Unidos para reforçar as colaborações estratégicas e atrair novos investimentos.
Esta missão faz parte do “Piano para a mudança”, a iniciativa governamental que visa posicionar o Reino Unido como um dos principais atores do setor tecnológico global.
Kyle escolheu a conferência anual da NVIDIA em San Jose como palco para apresentar sua estratégia, delineando um plano para “reconfigurar” a economia britânica em torno da inteligência artificial.
O objetivo é estender os benefícios da revolução da IA além das tradicionais fortalezas tecnológicas, como Londres e o Vale do Silício, para envolver comunidades de todo o país.
Durante o seu discurso, Kyle destacou como a inteligência artificial pode ser a chave para enfrentar os desafios econômicos globais, fazendo do Reino Unido um modelo de inovação.
O país já está implementando tecnologias avançadas para melhorar os serviços públicos e estimular o crescimento econômico.
Atualmente, o setor de inteligência artificial britânico tem um valor de mais de 92 bilhões de dólares, com um crescimento previsto que pode levá-lo a superar o trilhão de dólares até 2035.
Uma expansão desta magnitude coloca o Reino Unido como a segunda potência no mundo democrático para a IA, logo após os Estados Unidos.
Este cenário abre enormes oportunidades para as empresas tecnológicas e os investidores norte-americanos que desejam entrar no mercado britânico.
As “zone di crescita dell’AI”: um ponte para o futuro
Um dos aspetos chave da estratégia de Kyle é a criação das chamadas “zonas de crescimento da IA”, áreas designadas para atrair investimentos no setor através de incentivos e infraestruturas dedicadas.
Essas zonas visam transformar antigas áreas industriais e espaços subutilizados em hubs tecnológicos de nova geração.
Kyle enfatizou o conceito de uma economia baseada na IA em que o Estado não é um obstáculo, mas um parceiro ativo e dinâmico.
O acesso facilitado a recursos energéticos, normas simplificadas e infraestruturas tecnológicas avançadas tornarão estas zonas um terreno fértil para o crescimento de startups e empresas estabelecidas.
Na conferência, o secretário declarou:
“Onde hoje vemos fábricas abandonadas e minas desativadas, amanhã poderemos ter centros de inovação e desenvolvimento. A IA será o motor desta transformação, tornando o Reino Unido um ponto de referência para o futuro digital.”
Durante a sua visita aos Estados Unidos, Kyle encontrará algumas das empresas mais influentes do setor tecnológico, incluindo OpenAI, Anthropic, NVIDIA e Vantage.
O objetivo é incentivar essas empresas a estabelecer uma presença mais sólida no Reino Unido, tornando-o a sua “casa longe de casa na Silicon Valley”.
O diálogo entre as duas nações sobre a AI já está em andamento há algum tempo e levou a resultados significativos. No mês passado, o primeiro-ministro britânico visitou a Casa Branca para consolidar um novo acordo econômico com os Estados Unidos. Com particular atenção às tecnologias avançadas.
Como demonstração da confiança crescente no mercado britânico, empresas como Vantage Data Centers já anunciaram investimentos recorde.
O plano da Vantage prevê uma expansão infraestrutural de 12 bilhões de libras, que criará cerca de 11.500 novos empregos. Além disso, o governo britânico recentemente firmou uma parceria com Anthropic para desenvolver soluções baseadas em IA para melhorar os serviços públicos.
O futuro da AI na Grã-Bretanha
Com uma visão estratégica clara e investimentos cada vez mais consistentes, o Reino Unido está se posicionando como um líder em inteligência artificial.
As iniciativas governamentais, as parcerias com as grandes empresas tecnológicas e a introdução das zonas de crescimento da IA representam pilares fundamentais para a economia do futuro.
Kyle destacou que a Grã-Bretanha é um país com “fome de inovação” e otimismo pelas oportunidades oferecidas pela IA.
Reiterou também o papel chave do Estado em apoiar esta transformação, não através de imposições, mas através de uma colaboração eficaz com o setor privado.
As ambições do Reino Unido não se limitam apenas à atração de capitais. O governo também visa desenvolver um ecossistema tecnológico sustentável que possa garantir bem-estar econômico e emprego de qualidade para os cidadãos.
Graças a uma combinação de investimentos direcionados, regulamentação favorável e um sólido plano de ação, o Reino Unido está se preparando para ser um dos principais polos globais de inteligência artificial nos próximos anos.